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sábado, 26 de outubro de 2013

E tenho dito...

Primeiro me tornei intolerante e grosseira. Depois fui aprendendo a achar a medida entre o respeito ao próximo e a mim mesma. Um longo caminho para quem sempre quis se adequar a tudo e a todos em busca de ser aceita, amada, para quem sempre fundou a autoestima na aceitação vinda de fora. São muitos tombos e muitas lágrimas para sair desse padrão.... levantar todos os dias e escolher se amar, e reforçar o compromisso consigo mesma de se respeitar, de não se deixar invadir. O exercício do NÃO, não, não aceito ser refém de ninguém, não admito ser objeto de jogos de poder e conquista..."Você está exagerando", "não é bem assim, você está sendo radical", desculpa, não sou burra, nem carente, e pra deixar claro, não gosto de me enganar. Horas de meditação, yoga, orações, minha dedicação a meu crescimento fazem de mim uma pessoa autentica e livre.
Sei bem que basta o descuido para que os padrões voltem, por isso, encaro cada dia como uma superação, cada passo como uma vitoria.
Escolho enfrentar e superar minhas dores, cada decisão, cada corte doloroso, são parte de minha construção, muitas vezes solitária ao olhar do outro, mas que passou a ser plena e realizada aqui dentro, desde ter percebido que solidão é me perder de mim. E tenho dito...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Volta pra si...
me digo
Volta agora...
antes que se perca em devaneios
Volta pra dentro...
antes que te roubem de ti
Volta

Quando um amor se vai..

Penso como a vida segue
e segue nos mostrando todos os dias sua impermanência.
O incerto todos os dias apresenta sua face à segurança.
Quando um amor se vai, vem a vida nos mostrando que tudo que era tão certo, já foi.
Quando um amor de verdade se vai,
Às vezes leva com ele a esperança, a inocência
E aí o que salva é ser criativo, reinventar.
O que salva, no fim, é nossa capacidade de soltar, arrancar as cascas, se despir.
Deixar o medo e a dor no passado que devem estar.
Quando um amor se vai de verdade...
Nos pegamos caminhando em meio a escombros de castelos de sonhos, em meio a ruínas de sentimentos, em busca de algo que faça lembrar e acreditar que embora tenha deixado de ser, um dia realmente existiu.
Nesse caso o que salva é a gratidão, pois cada pedra serve para construir um caminho, uma escada. Agradecer a tudo que vivemos é plantar flores pelo caminhos de pedra.
Agradeço a cada pedra de minha estrada, foram elas que me trouxeram até aqui.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Talvez eu não seja muito normal
Ou talvez o conceito de normalidade tenha se esvaído por minhas entranhas
Talvez seja o vicio de me surpreender
De me assustar
De me desafiar
Talvez a necessidade de firmar as próprias bases
Ou talvez o desejo de destruir todas as formalidades
As bicadas nos laços, nos nós
Talvez seja o anseio do nada pesar
Do se atirar
Do mergulho
Do vôo solto

Izamara Abreu

terça-feira, 8 de outubro de 2013

 Quando fiquei assim, comigo, saboreando minha solitude, entendi como todo jogo de sedução, quando não tem alma, se torna também uma fuga de mim mesma. A gente se distrai para não ter que olhar pra dentro, para não se encarar.
Só quando mergulhei completamente em minhas dores e minhas carências, pude sair inteira. Todos os dias reforço meu compromisso comigo mesma. É um trabalho diário, o amor-próprio também exige cuidado, dedicação, curiosidade em se conhecer.
Me descubro todos os dias e, sim, me desculpe a falta de modéstia, mas olho no espelho e acredito que tenho envelhecido bem, vejo uma mulher extraordinária, com quem vale a pena passar as horas. Então, desfruto docemente de minha própria companhia. Longe da autossuficiência, aprecio estar comigo.

Hoje posso dizer que relacionamento para mim é apenas uma questão de escolha, não uma necessidade. Em vez de um jogo para suprir minhas lacunas, passou a ser um partilhar. Amor não é conto de fadas, amor é construção. Amor pra valer a pena tem que ser baseado na compreensão, no cuidado, no apoio, no respeito mútuo, tem que ter crescimento.
Tem que ser extraordinário em sua realidade.
Me cansam relacionamentos ordinários, o "gostar" morno. Me cansa a falta de amor.
Se não for pra ser inteiro, melhor simplesmente não ser.