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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Brincar de viver em Bsb

Hoje vou dar um tempo nos ensinamentos. De que valem os ensinamentos, pensamentos e teorias, se a gente não aplica? Vou dividir um pouco meu brincar de viver em Brasília. Há tempos penso em prestar uma homenagem a essa cidade que amo tanto, mas amo tanto mesmo! Sou completamente apaixonada por Brasília. Cada vez que viajo, volto um tiquinho mais apaixonada e com mais certeza de que meu lugar é aqui.
Personificando Brasilia, posso dizer que ela se apresenta com um certo ar de indiferença, de quem não dá a mínima para você e que você pode ir saindo, pois aqui não há nada interessante. E por um ou outro motivo você vai ficando, vai ficando, até que um dia se vê viciado na falta de esquinas, na peculiaridade de cada quadra, de cada região. Tem gente que vive aqui com vontade de ir. Quando vai, vive lá, com vontade de voltar. Não há como eu respirar muito tempo fora daqui. Todos os dias ela me revela uma novidade mais gostosa, vinda da vontade de tanta gente, de tanto canto diferente, que escolhe aqui pra tentar expressar um pouco de si, cada um procurando seu lugar.
Adoro passear pelos cantos escondidos, criativos, inusitados, encantadores, divertidos.
Sim, há o que fazer, há tanto o que fazer que dá trabalho escolher!
Adoro brincar de ser um pouco indiferente igual a ela...e como quem não quer nada, chega pra ficar

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Se você soubesse...
A força de quem é capaz de encarar, embalar e acolher a própria dor até que ela se cale.
O poder de alguém que põe a mão no peito, respira e sente ali mesmo a felicidade plena.
A inabalável confiança daquele que sustenta seu próprio coração, que alimenta seu próprio sorriso.
Se pudesse reconhecer...
Que demonstrações de amor podem não ser cobranças, mas doações
Se você pudesse aprender a ser livre para ser você mesmo e agir apenas com isso, sem se medir pelo outro
Se deixasse de lado o medo de encarar sua própria vontade, abraçando seus desejos e dançando com a vida
Se assumisse o risco da rejeição...mas que rejeição? Se quando olhar para si vai encontrar todo amor de que necessita?
Talvez você entendesse...
Que amor não pesa
Que estar ao lado é muito mais uma questão de experimentar o outro como ele é.
Que estar com alguém só vale quando você pode dar a mão sem se escorar nele.
Que não há prisão maior que um relacionamento que tem como base seus medos e carências.
Viva a liberdade do amor próprio!
Viva o prazer do amor ao próximo!

Izamara Abreu



terça-feira, 11 de setembro de 2012





Nexo

Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair. A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.

O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos. 

Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.

Eu mudei muito nos últimos anos, mais até do que já consigo notar, mas ainda não passei a acreditar em acaso.

Ana Jacomo