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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Certo dia, encontrei uma amiga que não via há muitos anos, mas por quem sempre guardei um carinho especial.
Começamos a colocar os assuntos em dia, a contar por onde andamos e o que fizemos ao longo de todos os anos sem notícias uma da outra.
Trilhamos caminho muito diferentes. Ela... após um relacionamento muito longo, foi embora para outro país e, de lá, rodou o mundo. Eu... me casei e passei todos esses anos vivenciando a experiência de me relacionar com outra pessoa.
Durante nossa conversa, ela me disse que não gostaria de se relacionar novamente até que se sentisse preparada para viver o tipo de relação na qual acredita. Pois, assim que iniciava um envolvimento "mais sério", ela começava a ter sentimentos e sensações desagradáveis, como ciúmes, insegurança. E quando se deparava com esses sentimentos, preferia acabar logo e permanecer sozinha até que estivesse preparada para não sentir mais tudo isso.
Segundo ela, em uma relação cada um deve ter liberdade de ser ele mesmo, liberdade de ir e vir e respeito pelas necessidades do outro.
Sim, eu também acredito que uma relação entre duas pessoas, seja qual for a natureza da relação, deve ser exatamente assim. O que eu não acredito é que você possa aprender sozinho o que você só encontra dentro de um relacionamento, sem viver e experienciar todas as sensações desagradáveis que ele traz consigo.
Um ser humano só consegue andar depois de cair algumas vezes, só aprende a falar depois de tentar muito.
Há prodígios em todas as áreas, mas eles são exceções.
Eu só aprendi a lidar com meu ciúmes depois de sentir muito ciúmes. Só aprendi a lidar com minha insegurança depois de sentir muita insegurança. Só aprendi a lidar com minha possessividade depois de ter sido muito possessiva. Somente depois vivenciar e experienciar cada um desses sentimentos, aprendi a lidar com eles.
O ciúmes, a possessividade, a insegurança ainda me visitam. Mas eu não tenho mais porque fugir. Eu observo, sinto, aprecio e, aos poucos, eles vão perdendo o vigor, enfraquecendo, se esvaindo...
Izamara Abreu


“Aquele que está desperto.sofre, portanto não há sofrimento.
Aquele que não está desperto foge do sofrimento, portanto há sofrimento.”
Sri Amma Bhagavan
tradução: Alessandra Calor

3 comentários:

  1. Cada dia que passa somos uma outra pessoa que acorda. O importante é evoluir, estando sozinho ou numa relação.

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    Respostas
    1. humm...o que você acabou de dizer me lembrou um texto do Osho, Andrey. Vou postar pra você!
      Tudo depende do aprendizado que você se propõe a ter, não é mesmo? O que penso é que tanto faz viver sozinho ou acompanhado. O importante é não se deixar paralisar pelo medo e é isso que observo acontecer com a maioria das pessoas.

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    2. "Esta é a polaridade máxima: meditação significa a arte de estar sozinho e amor significa a arte de estar junto. A pessoa completa é aquela que conhece ambas as artes e é capaz de se mover de uma para a outra com a maior facilidade possível. E exatamente como a inspiração e a expiração - não há dificuldade. Elas são opostas - quando vocês inspiram o ar, é um processo; quando expiram o processo é exatamente o oposto. No entanto, inspiração e expiração formam uma respiração completa.
      Na meditação, vocês inspiram; no amor, expiram. Com o amor e a meditação juntos, sua respiração estará completa, inteira, total." OSHO

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